Curiosidades sobre Sun Araw

Do final de 2009 para cá, Sun Araw vem despertando atenção pela consistência da sua música, suas influências e atividades paralelas (bem interessantes, diga-se de passagem).

Para começar, Cameron Stallones (seu nome “oficial”) é arquivista da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, mais conhecida por aqui por distribuir o Oscar. Essa ocupação não é apenas um mero trabalho, as composições de Sun Araw tem uma forte ligação com o cinema, outra grande paixão do artista. A intensidade dessa relação fica evidente quando ele revela seus diretores preferidos: Bergman, Tarkovsky, Bella Tarr e demais diretores adeptos de planos-sequência. Suas músicas também parecem longas narrativas e poderiam ser trilhas sonoras para várias situações.

Sun Araw – Ma Holo
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Vale registrar que seu nome é inspirado em Sun-Ra, pioneiro de um jazz mais viajante, espacial e cheio de camadas, o que explica muito sua atração pela psicodelia, sons repetitivos e, como ele mesmo gosta de definir, “mântricos”. Como os mantras, que quanto mais repetidos exibem diferentes ângulos e vão retendo a atenção, Sun Araw também é multi-facetado, como demonstra a lista de alguns dos seus filmes preferidos:

- Mean Streets (Martin Scorsese, 1973)
- Manhattan (Woody Allen , 1979)
- Medium Cool (Haskell Wexler, 1969)
- Sherman’s March (Ross Mckelwee, 1986)
- Tokyo Drifter (Seijun Suzuki, 1966)
- Archangel (Guy Maddin, 1990)
- Nashville (Robert Altman, 1975)
- 2001: A Space Odyssey (Stanley Kubrik, 1968)
- Andrei Rublev (Andrei Tarkovsky, 1966)
- 8½ (Federico Fellini, 1963)

Cameron tem ainda alguns projetos paralelos, mas chama a atenção em seu site uma anunciada colaboração com Hype Williams. Na entrevista que segue, ele fala um pouco mais sobre sua carreira e processo: Sun Araw para Agitreader


Postado por Gustavo mm