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As palestras, as oficinas, o hacklab

 

paulo dos santos

Além dos shows, da mostra de filmes e da festa, a quinta edição do Novas Frequências contará também com uma série de atividades extra-musicais que funcionarão, como na última edição, de apêndice teórico e conceitual do festival. A intenção dessas atividades é chamar o ouvinte para participar e debater, ajudando a fazer compreender tanto o Novas Frequências quanto o momento da música experimental em geral.

Serão quatro palestras de artistas que participarão do festival: os britânicos Kevin Martin (The Bug, King Midas Sound) e Auntie Flo, no dia 4, e Trudat Sound, no dia 5, e os franceses Félicia Atkinson e Pierre Bastien, direto da Maison de France, nos dias 7 e 8 respectivamente.

Serão duas oficinas musicais, uma ministrada por Marco Scarassatti e uma ministrada por Paulo dos Santos, do Uakti. A proposta da “Deriva Sonora”, de Scarassatti, se origina da Teoria da Deriva de Guy Debord, e de estratégias de Soundwalking, uma tentativa de estabelecer outras formas de circulação e fruição na cidade. Nessa oficina, modificações acústicas, a partir de capacetes acústicos especiais, impõem redirecionamentos aos sons gerados pelo processos de urbanização, metropolização e industrialização; graças a uma máscara especial, os ouvidos deslocam sua escuta cotidiana de reconhecimento de ruídos cíclicos para novas ginásticas sonoras inquietantes, para a percepção de novos desdobramentos nos sons nunca ouvidos. A oficina de Paulo dos Santos, diferentemente, será precedida por um bate-papo, a transmissão de um filme curto sobre o Uakti, renomado projeto de experimentação sonora do qual ele faz parte, e consistirá em atividades ligadas ao uso de figuras geométricas como método de composição.

Já o hacklab, conduzido pelo Interspecifics Collective, produzirá música a partir de bactérias da água das praias do Rio, e terá participação de uma série de artistas a serem divulgados, selecionados através de um open call.