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O Novas Frequências é um festival internacional que promove experiências ao redor da música experimental, da música de vanguarda e da arte sonora. Foi criado em 2011, no Rio de Janeiro, e seu formato é descentralizado - não se prende ao teatro, ao palco ou a qualquer tipo de configuração tradicional de apresentação que separa artista e público, se espalhando pela cidade. O Festival realiza anualmente shows, performances, instalações, caminhadas sonoras, festas, atividades formativas e ocupa casas de shows de diversos tamanhos e propostas, salas de concerto, instituições de arte e espaços públicos como praças, jardins, museus e escolas.

Continuando os experimentos promovidos digitalmente em 2020, quando comemorou seus 10 anos de atividade em meio a cruzamentos entre a música e outras linguagens artísticas, o NF inaugura no dia 1º de dezembro uma galeria virtual com 20 obras inspiradas no tema do festival este ano: “Pra onde agora?”.

Com direção de arte e programação 3D imersiva realizada por Felipe Nunes, a exposição conta com trabalhos de Aun Helden & QEEI; APT.LAB; biarritzzz & Glor1a; Chama (Ana Lira convida Aishá Lourenço e Elton Panamby); Coletivo Turmalina; Deafbrick, Duma, Simon Grab, Genesys; Felipe Vaz; Inés Terra; Marabu, Levi Keniata, Beré Magalhães; Marcioz; Marcus Maeder; Novíssimo Edgar; Nicole L'Huillier; Pedro Oliveira; Rafael Meliga; Romy Pocztaruk & Caio Amon; Sara Não Tem Nome; Sol Rezza & Analucía Roeder; e Wellington Gadelha.

A volta das tão sonhadas atividades presenciais também se faz presente na 11ª edição do NF em alguns formatos inéditos. No Alalaô Kiosk, um quiosque em frente à Praia do Arpoador com foco em arte e sustentabilidade, o artista Mbé (Luan Correia) irá realizar entre os dias 29/11 e 02/12 a instalação Poesia de Criolo, que é uma espécie de cinema sonoro que carrega discursos históricos sobre a negritude e amplifica tensões sociais no lugar mais (será?) democrático da praia carioca.

Na sexta-feira, 03/12, na Biblioteca Parque Estadual, no centro da cidade, o festival promove três performances que preveem a construção de um diálogo entre as artistas que se apresentarão, o espaço e o público, partindo do mote da curadoria sobre os caminhos a serem tomados no futuro imediato, unindo a música à educação e à literatura. Taticocteau apresentará uma sonificação que envolve áudio e criação de imagem por diferentes processos, como desenho e foto, endereçada a seus alunos participantes de um workshop. Deize Tigrona, que despontou como destaque do funk carioca há 21 anos, quando lançou o single “Injeção”, está de volta à cena depois de uma pausa na carreira. Para refletir sobre “Pra onde agora?”, a cantora e compositora apresenta uma performance em que mescla a música, seus escritos e leituras de trechos do livro “Não vão nos matar agora” (2021), da artista contemporânea e pesquisadora Jota Mombaça, que propõe formas constantes de destruição de práticas representatividade apropriadas pelo sistema branco e colonial. Já Leandra Lambert abordará duas escritoras importantes, Ana Cristina César e Hilda Hilst, se apresentando como Lea Luxfera, invocando uma não conformidade com que está dado, feminismo e neurodivergência.

No dia seguinte, 04/12, em Paquetá, o NF convida o público a pensar “Pra onde agora?” rodeado de mar por todos os lados. A programação conta com um total de 14 atrações via performances, instalações e shows distribuídos por distintos espaços da ilha, convidando o público a um dia inteiro de imersão. Para finalizar o festival, no domingo dia 05/12, o Novas Frequências promove o primeiro encontro de sistemas sonoros ambulantes do Rio de Janeiro, reunindo os coletivos Bananobike, Circular Som Sistema e Mico Leão para um cortejo público e coletivo no Aterro do Flamengo.

Segundo Chico Dub, “Pra onde agora?”, a pergunta título do #NF2021 que funciona como gatilho norteador da programação, é uma das questões mais emblemáticas do tempo presente. A sensação que dá é que a humanidade se encontra totalmente perdida em uma espécie de beco sem saída, labirinto ou encruzilhada. Estamos vivendo, dentre muitas outras coisas, retrocessos político-sociais, uma devastação que parece não ter fim do meio ambiente, crises de pânico e ansiedade se tornando cada vez mais corriqueiras, relações de trabalho cada vez mais nocivas e até mesmo a volta da fome no Brasil.”

A pergunta também possui um caráter reflexivo sobre o próprio futuro do festival. Chico Dub afirma que “Os 10 anos completados no ano passado se constituem como um marco e tanto. Lançamos livro, filme, fizemos uma parceria com a Fundação Bienal e o Teatro Cultura Artística que desembocou em uma série de performances na 34ª Bienal de São Paulo, dentre outros. Para um festival que busca se transformar a cada ano, precisamos encontrar outros caminhos para continuarmos relevantes, nos desafiando a todo o momento. Quando lançamos essa pergunta-provocação aos artistas da programação, é como se estivéssemos pedindo ajuda para que eles nos guiem em direção a futuros possíveis”.

Futuros esses que, como vem tentando nos ensinar Ailton Krenak, precisam urgentemente ser adiados. Ou reconstruímos nossa forma de habitar o mundo e nos relacionar com a natureza, ou seremos liquidados. É a partir da compreensão desse recado e reconhecendo a potência natural que forma o território brasileiro que o Festival Novas Frequências apresenta a sua primeira instalação a ocupar uma galeria no Centro Cultural Oi Futuro Flamengo. Trata-se do Museu de História Natural da Amazônia, MIHNA, que desloca o regime da visualidade do cubo branco para os ouvidos com inúmeras gravações de sons e histórias da região que abriga o bioma. Mote, também, da obra de Marcus Maeder, Vozes da Floresta, que capta fragmentos sonoros da Amazônia Central, aos quais se somam depoimentos, manifestos, música e discursos em sua apresentação via transmissão por uma rádio web, o que acaba por formar uma polifonia complexa. Se é da terra que vem nossa existência e subsistência, é da terra que a chilena Nicolle L’Huiller propõe colher novas sonoridades em sua obra Semilla Manual ao desenvolver sementes que são uma pequena cápsula contendo um alto-falante e um mp3 player, que deve ser enterrado no solo em um ritual. A semente de L’Huiller é um amuleto, peça simbólica, que busca criar conexões entre os corpos e a terra, ativando a sensibilidade como forma de resistência. Já AFÃ é o trabalho que nasce a partir da expansão do projeto YADÚ, de Iggor Cavaleira e Nelson D, ao estabelecerem parceria com Vitória Cribb. AFÃ afirma que é preciso enxergar o que ouvimos e, se constituindo numa realidade virtual, propõe uma pausa na busca ansiosa de prever o futuro através de um mergulho imersivo dentro de si. A proposta do YÃDÚ é a conexão com a ancestralidade através da música e da relação com a identidade. O coletivo OPAVIVARÁ! convida o público a tocar uma espécie de árvore percussiva que possui panelas no lugar de galhos – daí o nome da obra, FLORA TREME -, unindo a representação da forma da natureza e sua integração à cultura.

No lado oposto da criação que se pauta no território inexplorado, exaltando a descoberta e a preservação, convocamos artistas que buscam, em seus processos, elaborar uma denúncia a respeito dos excessos que têm destruído nosso meio ambiente e que nos trouxe a esse momento de crise política e social do capitalismo tardio. Plástico, petróleo, emissão de gás carbônico, desmatamento. As discordâncias no movimento dos materiais é ponto de partida para a vídeo-performance do duo APT.LAB, formado por Thiago Salas e Talita Florêncio. Sem Título (motor), de Gabriela Mureb, é uma instalação que nos leva ao paroxismo do excesso. O mesmo panorama aparece desenhado na poética-musical do vídeo-álbum Blue Echos, de Romy Pocztaruk e Caio Amon.

A dimensão onírica é retratada em diferentes perspectivas. De um lado, pelo etéreo, como sugere já o título da instalação sonora de Anna Costa & Silva, Éter, que mergulha no universo escuro do pré-sono no qual surgem histórias de vida, traumas e reflexões sobre o amor, o medo, o tempo e a memória. O multiartista Wellington Gadelha propõe o Manifesto do Sonho, um filme-animação no qual diz que “a denúncia do assombro é o anúncio do sonho!”, mergulhando pelas entranhas da vida cotidiana de seu estado, o Ceará. Por outro lado, há uma visão sobre o subconsciente como uma espécie de prisão. Da super junção entre a banda Deafbrick (Deafkids + Petbrick, de Iggor Cavalera e Wayne Adams), a dupla queniana Duma, o produtor suíço Simon Grab e a produtora de conteúdo brasileira Genesys, nasce o vídeo game noventista Roam, em que propõem o perambular pelo labirinto das representações de situações não compreendidas. Sara Não Tem Nome também busca uma saída ao labirinto dos pensamentos para que eles não determinem seu caminho, desprendendo-se de seu corpo para ocupar outros lugares em Exodus. A distorção da percepção assume papel intenso na experiência proposta pela artista sonora e compositora argentina Sol Rezza e pela artista visual peruana Analucía Roeder em Filaments of a Circle, em que criam situações que buscam se aproximar da síndrome na qual Lewis Carroll se baseou para descrever as experiências de sua personagem em Alice no País das Maravilhas.

É tempo de conexão. E o futuro do “Pra onde agora?” não prescinde do passado, como o anjo da história de Benjamin, que tem o corpo apontado para frente e a cabeça voltada para trás. Por outra perspectiva, o passado depende do futuro, como no itan de Exu, que abre caminho para o acontecimento: quando joga a pedra hoje que mata o pássaro no dia anterior, Exu reinventa o passado. É o orixá que ensina que as coisas podem ser reinauguradas a qualquer momento. E é saudando aquele que habita as encruzilhadas que o MC paulistano Marabu se une ao produtor Levi Keniata e ao artista visual Beré Magalhães numa vídeo-performance que aborda o universo dos bailes da zona sul de São Paulo. De forma mais poética, o rapper Novíssimo Edgar problematiza apropriações culturais capitalistas através de uma luta entre um samurai e um tengu, criatura fantástica do folclore japonês cujas lendas possuem traços tanto da religião budista quanto xintoísta. Tanto Marabu, quanto Edgar estarão dentro de um mesmo espaço virtual pensado pelo ogã e artista visual Felipe Nunes a partir das significações da encruzilhada. Já na imersão proposta pelo Festival na Ilha de Paquetá, a artista Valéria Martins apresentará a obra Naturaleza Abismada onde um ebó figurado contendo narrativas femininas nos convida a olhar o sagrado presente nos rituais do candomblé e umbanda pelo viés criativo.

A morte é uma imagem que pode ser trabalhada com diferentes simbologias, para além do seu significado literal ou junto a ela. A performer Aun Helden, por exemplo, mata o corpo branco, cis, normativo e cria sua própria experiência através de próteses plásticas em que gênero e sexualidade são desconstruídos para dar lugar ao novo corpo fluido e autônomo, criando um funeral com música da argentina residente em Berlin QUEEI feita exclusivamente para a performance. Assim como a dupla biarritzzz e Glor1a, que juntam suas perspectivas sobre a interação entre corpos não hegemônicos e alienígenas numa criação transmídia de sons exploratórios, vídeo game, futurismo, memes, política, videoarte e cultura pop. O contraponto à morte é a transformação da vida pela intuição, como propõe a união de Ana Lira com o coletivo Chama, permeando deslocamentos internos e invocando a imagem da fáscia para se movimentar pelo mundo. Resistir à morte que nos rodeou de tão perto nesse último ano se tornou um imperativo. Unirmo-nos, ainda que na distância, foi essencial, e continua sendo: por isso o artista sonoro Felipe Vaz propõe uma obra colaborativa, que se tornará coletiva. Através de um processo seletivo em que os interessados enviaram vídeos apresentando seu interesse em participar, Vaz selecionou 16 desses artistas para realizarem a performance de sua partitura e que entrarão em sua edição final da peça.

Longe do diálogo integrativo com a natureza, há também a perspectiva de se compreender as diferentes territorialidades das cidades: quem ocupa qual espaço e quais as sonoridades e escutas que dali emergem?Resultado de uma longa pesquisa musical e histórica, o sul africano Neo Muyanga revisita as canções que marcaram o período do apartheid na obra Revolting Music para trazer à tona reflexões sobre a ligação entre o discurso político e a indústria musical, bem como os efeitos de uma mudança incompleta rumo à igualdade. Seguindo a tradição de trazer nomes de destaque da cena eletrônica e da música de pista, o #NF2021 selecionou DJs, produtores e live acts de destaque das periferias do Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. Três artistas da baixada fluminense apresentam o som urbano das periferias que vem ganhando público pelo território nacional e internacional: o grime, estilo inglês que mistura as batidas e o flow do hip hop à música eletrônica, que ganhou, no Rio de Janeiro, elementos do funk. ANTCONSTANTINO é um dos fundadores do Brasil Grime Show, canal com mais de 100 mil inscritos no YouTube. Tanto ele, quanto Jacquelone compõem uma cena DJ’s que circulam pelas mesmas pistas e ondas virtuais, bem como LARINHX, alcunha de Lara Dantas. Já da zona norte do Rio, soma-se à programação um dos principais destaques do Brasil Grime Show, reconhecido na cena brasileira e na internacional, SD9. De Porto Alegre, o coletivo Turmalina, formado por DJ’s, designers e videomakers, entende a música como uma ferramenta de revolução para compreender e afirmar as culturas de raízes africanas pelo espaço da cidade, promovendo festas e intervenções multimídias, remapeando as formas de ocupação urbana.

Retomando outra vocação do festival, as ruas do Rio de Janeiro voltam a ser ocupadas como palco e lugar de celebração com o projeto de mobilidade da LSSA (Liga de Sistemas Sonoros Ambulantes), que promove um cortejo pelo Aterro do Flamengo e amplifica o som do projeto Africanoise, do produtor Renato Junior. Do alto da Rocinha, Mbé ocupa o calçadão da praia do Arpoador no Alalaô Kiosk com Poesia de Criolo, que une vozes negras para pensar o existir em seus lugares sociais através de uma espécie de cinema sonoro.

Mesmo buscando novos caminhos e propostas, o NF valoriza, a cada ano, artistas cujas pesquisas estão voltadas à expansão sonora que dá nome ao festival. A música experimental ou de exploração - termos que vêm sendo debatidos, não sem tensões ou disputas - apresenta-se cada vez mais fértil, seja via a improvisação livre com instrumentos, tradicionais ou não, e com a voz, orgânica ou não. O Conde Favela Sexteto, jazz criado no ABC paulista, há 10 anos vem trabalhando seu estilo e apresenta as sonoridades de seu primeiro disco, lançado durante a pandemia, “Música para tempos de guerra”. E uma reunião entre os musicistas Joana Queiroz, Bruno Qual, Maria Beraldo e Sergio Krakowski para duas sessões de improviso - uma delas em local e hora surpresa.

Já Inés Terra, artista argentina radicada em São Paulo, apresenta um poema audiovisual que possui como centro seu trabalho vocal e a liquidez dos tempos. As diferentes pesquisas artísticas que compõem o festival neste ano pensam sobre passado, presente e futuro por diferentes perspectivas, mas trazem em comum a determinação em manter viva não só a arte e a cultura, mas o direito ao pensamento, à reflexão, ao sonho e a construção do agora e suas sucessões. DESMONTE (Zona do Não-Ser), de Pedro Oliveira, radicado em Berlim, é uma peça vocal com participação da vocalista e baixista da banda de death metal Crypta Fernanda Lira, que empresta sua voz para este trabalho, que tenta reconstruir de maneira rudimentar as técnicas de transformação espectral utilizadas pelo software que questiona a violência das fronteiras e a persistência do colonialismo, a limitação dos softwares e a precariedade humana.

O uso das gravações de campo - ou field recordings - como prática artística, assunto abordado no Ciclo de Saberes pelos professores Alexandre Fenerich e Paulo Dantas, é a base para o trabalho Entremarés da compositora argentina radicada no Brasil Verónica Daniela Cerrotta: uma peça com elementos musicais misturados a sons submarinos e de superfícies vibrantes para ser ouvida dentro do mar, na ocupação que o NF promove em Paquetá nesta edição. Na Galeria Virtual, um mergulho pela paisagem 22°20'20.1"S 42°48'03.7"W da vídeo-arte de Rafael Meliga nos leva a contemplar a natureza e seu conjunto de elementos móveis, luz, água, formação mineral e vegetação.

Recapitulando o NF em 2021

O ano de 2021 começou com o Novas Frequências produzindo dois documentos históricos em torno das comemorações dos 10 anos do festival. Em maio, lançou “Estudando o Som”, livro-antologia publicado pela Numa Editora e que faz parte da Coleção Arte e Tecnologia, do Oi Futuro, reunindo 20 ensaios comissionados sobre música experimental e arte sonora, que tomam o festival como ponto de partida para discutir temas, eixos e conceitos propostos pelo mesmo ao longo de seu percurso. No mesmo mês, o festival lançou o média-metragem “À Margem”, um registro sonoro e visual sobre os 10 anos do Novas Frequências que possui como função primordial expressar de que matérias se constitui o festival, costurando sons e imagens capturados desde a sua fundação, em 2011.

Entre o início de setembro e o final de novembro de 2021, o NF está curando as apresentações de música experimental da 34ª Bienal de São Paulo. Com correalização da Bienal e o Teatro Cultura Artística, parte dessas apresentações estão registradas no documentário de curta-metragem comissionado para o festival Sesc Jazz, “Música-Arte: um filme sobre o Festival Novas Frequências”.

Em sua 11ª edição, o #NF2021 expandiu seu tempo de duração e campo de atuação. As atividades se iniciaram em outubro, inauguradas com um inédito Programa de Formação, ao qual chamamos de "Ciclo de Saberes". O objetivo da proposta foi incorporar a importância de desdobramentos educativos e de desenvolvimento artístico na configuração anual do festival. Com apresentação do Goethe-Institut e do Serviço de Cooperação e Ação Cultural do Consulado da França no Rio de Janeiro, o Programa de Formação aconteceu entre outubro e novembro, se dividindo em dois eixos: um aberto gratuitamente ao público, caracterizado por encontros semanais ligados a questões abarcadas pela arte sonora e música experimental; e o outro fechado, dedicado a residências artísticas e mentorias de dois jovens artistas baseados no Rio de Janeiro: Mbé (Luan Correia) e Taticocteau, cujos trabalhos inéditos, frutos das residências, serão apresentados durante o festival.

Em novembro, o Novas Frequências inaugurou a instalação sonora MIHNA - Museu Imaginário de História Natural da Amazônia no Centro Cultural Oi Futuro. A obra é uma instalação sonora que abarca uma coleção de sons e histórias que abrem a escuta como portal de entrada para paisagens, ecologia e cultura da floresta amazônica. De pequenos contos sobre pássaros à expedições poéticas na floresta de Igapó, essas narrativas assumem diferentes formatos, uns mais contemplativos e outros mais informativos. Uma série de personagens e cenários dão voz a histórias de evolução, produção de alimentos, resiliência e violência, geologia, uso da terra e possíveis futuros. O público poderá explorar o MIHNA passeando pela sua expografia com fones de ouvido dispostos em suas "salas temáticas".