
Marcioz é artista e compositor de Curitiba, Paraná. Desde 2015, tem lançado seu trabalho musical através de selos como Record Record (Paris), bitbird (Den Haag) e Nurtured Ideas (NY). Seus projetos vão desde diferentes sonoridades na música experimental sul-americana, até práticas relacionadas à música de concerto europeia e à música pop. Criou a mini label jovemdeu$. É residente participante do programa ‘Goethe Talents 2019’ em Berlim e em 2021 fez parte do programa Onebeat Residency organizado pela Found Sound Nation (NY).
Três fechaduras de tempo é um balé de mãos e música. Para a peça, foram criadas 21 partituras visuais para 21 minutos de música e 21 minutos de dança, gestos e manuseios de mãos. A obra tem por intenção, dialogar de maneira linear sobre 3 momentos e adaptações de tempo sofridas durante a pandemia. A ideia de ‘fechadura’ vem da própria solidez do passar linear do tempo — que não permite segunda fé ou perfeccionismo, mas somente aceitação, reflexão e memorandum.
Dividida em 3 movimentos, “Ponto de eclosão”, “(co)cavernista” e “?????”, Três fechaduras de tempo fala sobre as dúvidas, confusões, luto, cicatrização, tumulto, toque, a solitude e a experiência interna sofrida por todos nós individualmente durante a pandemia de Covid-19. Para sua execução, Marcioz convida os artistas Andrea Alvarez, da Bolívia (Flautas indígena e percussão); Hana Boukhris, da Tunísia (Kanun); Ivana Bandalo, da Croácia (Clarinete); e Peter Bata, da Nigéria (Percussão). A partitura serve como instrução para os artistas conduzirem seus gestos e instrumentos, tornando-os, ao mesmo tempo, intérpretes visuais e sonoros.
A obra conta com apoio da residência internacional One Beat.