https://soundcloud.com/monasstereo
https://pedrosodre.cargo.site
https://linktr.ee/preta.velha
Lucas Carvalho (aka C-AFROBRASIL) é artista, músico e produtor. Reside hoje no Rio de Janeiro, onde recentemente fez parte do programa de formação da EAV – Parque Lage. Atualmente, é a pesquisa com música híbrida de caráter experimental e a arte sonora que têm guiado seus trabalhos. Suas investigações tangenciam as sonoridades da diáspora negra obtidas no próprio território onde nasceu (Recôncavo da Bahia) e seus trânsitos dentro da arte & tecnologia, fazendo uso de suportes eletrônicos, colagem, expandindo experimentos entre som e imagem numa abordagem de campos entre o sensível e o simbólico. De forma paralela, realiza experimentos com produção audiovisual, pós-produção de áudio e composição de trilha sonoras. A plataforma MONASSTEREO, por exemplo, é uma circunstância aberta de experimentação narrativo-sonora-visual onde o artista pesquisa, sampleia e remixa produtos audiovisuais, sempre propondo uma reconfiguração da construção imagética a partir do som.
Pedro Sodré é estudante de produção eletrônica e design de som na Berklee College of Music (EUA) e tem se dedicado a criar experiências interativas/imersivas que exploram a manifestação de agentes energéticos a partir da conexão entre som e imagem. Seu trabalho se alinha com as práticas de “Mundificação” (Worlding) propostas por Ian Cheng, e manifesta perspectivas naif na construção de sistemas generativos que articulam data proveniente de sinais de controle, normalmente sensores, mídia e inputs do utilizador, em mitologias artificiais movidas por chance e automação.
Nathalia Grilo Cipriano é pesquisadora das tradições culturais negro-africanas e desenvolveu, ao longo de 8 anos, uma série de ações que movimentam as narrativas, sonoridades e imagéticas em torno da ancestralidade das populações pretas no continente africano e na diáspora. Criadora e curadora da Revista diCheiro, o primeiro períodico digital do país a trazer panoramas das estéticas e tradições africanas, é também a mulher a frente do projeto Música & História, que dissemina estudos e sensações sobre a música negra. Além disso, é produtora no Festival Instrumental Mulambo Jazzagrário, projeto que segue para sua 6ª edição e tem como objetivo visibilizar a cena instrumental periférica.
Yangui é uma espécie de carta ancestral em formato imersivo, onde são discutidas cosmo-percepções afrobrasileiras, reiterando a elementaridade tecnológica de assuntos e dispositivos entre-temporais que pensam a formação e construção de uma identidade a partir dos contos da diáspora africana. Uma ritualidade figurativa que evoca sons do passado e sons do futuro definindo um plano sonoro do agora.
Ficha Técnica:
Arte sonora e direção criativa: Lucas Carvalho
Direção visual, sistemas e efeitos visuais: Pedro Sodré
Oratória e narratividade: Nathalia Grilo Cipriano
Desenvolvimento de Modelagens 3D: Vitor Milagres.
Créditos Gerais:
Taipa: O Big-Bang do Criacionismo (Tatiana Nascimento)
Pensamentos sobre Exu: Luís Antônio Simas
Pensamentos sobre Yangui: Carolina Cunha
Filmes: “Karnaval Ijexá” , “O Negro: Da Senzala ao Soul”, “Black Experimental Theater – Abdias Nascimento”