Nascida em Belo Horizonte, Grace Passô é atriz, dramaturga e diretora de teatro. Tem criações autorais no teatro e cinema, além de produções em parceria com artistas multidisciplinares. Um de seus últimos trabalhos, a peça de teatro e média-metragem Vaga Carne, inaugura o projeto Grãos da Imagem, que tem como uma de suas pesquisas o mergulho em dimensões sonoras da palavra. De griô a vocalista de textos teatrais, experimenta invenções que desafiem noções estáveis da linguagem. Atuou em filmes recentes como Praça Paris, No coração do mundo e Temporada, pelo qual ganhou prêmio de melhor atriz no Festival de Brasília de 2018. Também foi premiada no teatro pelo Shell SP e RJ, APCA e Prêmio Leda Maria Martins.
Ficções Sônicas é uma imaginação sonora da peça radiofônica Pra Dar Um Fim no Juízo de Deus, de Antonin Artaud, mergulhada na noção de não-lugar de experiências diaspóricas. Disparada pelo termo desenvolvido pelo escritor Kodwo Eshun, a obra reúne os músicos Barulhista, Maurício Badé e Thelmo Cristovam em faixas musicais distintas, dialogando com a voz de Passô. “É um fazer vibrar o futuro nesse texto antigo que sempre teve o futuro em si. É uma evocação de palavras resistentes a automação da sensibilidade. É um encontro entre aliens.”
A obra Ficções Sônicas é uma coprodução com a Fundação Bienal e integra a rede de parcerias da 34ª Bienal de São Paulo – Faz escuro mas eu canto.